Até o ano passado, eu jamais havia escutado outras músicas deErnesto Nazareth (1863-1934) que não fossem “Odeon” ou “Brejeiro”. E, mesmo assim, devo tê-las ouvido em algum episódio perdido da novela das 6, sem ter dado a devida atenção.
Fato é que em 2013 eu tive que planejar e apresentar o temido TCC na faculdade de jornalismo. Não sabia sobre o que fazer ou em qual tipo de mídia (livro, revista, jornal, website, documentário,…) apresentar.
Minha querida amiga e talentosíssima jornalista Larissa Berbel me propôs que resgatássemos a história do compositor que, à época, completaria 150 anos. Mesmo adentrando em águas totalmente desconhecidas, eu topei.
Compôs o nosso time a jornalista “pau pra toda obra” e excelente escritora Camila Pelicano. Não vou aqui tecer peculiaridades da jornada ou dizer o quão difícil foi conseguir informações de alguém que viveu um século e meio antes de nós. Quero compartilhar com você o que Nazareth me ensinou e por que você TEM que escutar suas composições.
Minha querida amiga e talentosíssima jornalista Larissa Berbel me propôs que resgatássemos a história do compositor que, à época, completaria 150 anos. Mesmo adentrando em águas totalmente desconhecidas, eu topei.
Compôs o nosso time a jornalista “pau pra toda obra” e excelente escritora Camila Pelicano. Não vou aqui tecer peculiaridades da jornada ou dizer o quão difícil foi conseguir informações de alguém que viveu um século e meio antes de nós. Quero compartilhar com você o que Nazareth me ensinou e por que você TEM que escutar suas composições.
Ernesto Nazareth nasceu no Rio de Janeiro, em família humilde, aprendeu um pouco de piano com a própria mãe, sofreu um acidente aos 10 anos de idade que o deixou parcialmente surdo (algo que foi se agravando ao longo do tempo), perdeu a mãe e principal incentivadora artística aos 11, não teve o apoio do pai na música, casou-se e enfrentou grandes dificuldades financeiras na vida a dois, perdeu filha… Ufa!
Mesmo com todas as tragédias que o acometeram, a genialidade de Nazareth se sobressaiu. Em toda sua carreira, o pianista compôs 211 peças musicais, um marco quase inalcançável.
Mas aqui vai o seu maior feito. Nazareth era amante da música erudita. Já tocava, ainda jovem, magistralmente. Contudo, devido à falta de dinheiro, o compositor viu-se na urgência de popularizar suas notas musicais para que todos tivessem acesso a ela – e “comprassem-na”.
Nesse passear entre o erudito e o popular, o carioca consagrou-se como um dos precursores do choro no Brasil e foi o grande inventor do tango brasileiro – para você que achava que o tango era algo exclusivo dos nossos hermanos.
Em uma das entrevistas que fizemos no ano passado com a grande pianista Eudóxia de Barros, ela nos disse a seguinte frase: “até Nazareth, tudo o que se fazia no Brasil tinha um forte sabor de música europeia. Ele, portanto, foi um divisor de águas”.
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